Morreu na madrugada desta quinta-feira a vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB) de Santa Maria, região central do Estado. A parlamentar de 56 anos, que presidiu a CPI da Kiss, faleceu em razão de complicações cardíacas.
O corpo da vereadora está sendo velado no Plenário Coronel Valença da Câmara de Vereadores. Ela deixa o marido Adair Cardoso Marques, o filho Rafael, a nora Viviane e a futura neta, que nasce em outubro. O prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer (PMDB) decretou luto oficial de três dias.
Retomadas audiências
Foram retomados na manhã desta quinta-feira os depoimentos das vítimas no processo criminal sobre o incêndio na boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro, que resultou na morte de 242 pessoas e em mais de 600 feridos.
Além da audiência desta quinta-feira, ocorrerão oitivas nos dias 10,11,12 e 19; 24, 25, 26 e 27 de setembro. No total devem ser ouvidos 52 sobreviventes. Familiares das vítimas da tragédia de Santa Maria e integrantes da Associação dos Familiares de Vitimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria acompanham os depoimentos. Algumas vítimas serão ouvidas, neste mês, por cartas precatórias nos municípios de Horizontina, Passo Fundo, Quaraí, Rosário do Sul e Uruguaiana.
Os quatro réus – dois proprietários da casa noturna, Elissando Spohr e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão e Marcelo Jesus dos Santos – são julgados pelas 242 mortes decorrentes do incêndio na boate Kiss. Eles respondem por tentativa de homicídio e homicídio qualificado.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss – que ficava na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. Dos jovens que participavam de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 242 morreram em decorrência do fogo.
Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.
Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.
Fonte: Ijui.com/
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