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domingo, 10 de novembro de 2013

Vacina brasileira contra o HIV começa a ser testada em macacos

Começaram nesta semana os testes em macacos da vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. Os quatro animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus. Depois, os macacos receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte dos estudos para desenvolver o imunizante.

Segundo Edecio Cunha Neto, um dos pesquisadores responsáveis por conduzir o projeto, o diferencial da vacina é usar partes do vírus que não se alteram. "Um dos grandes problemas de se fazer uma vacina contra o HIV é que ele é hipervariável", ressalta ao explicar que o genoma do vírus pode varia até 20% entre dois pacientes. "Nos componentes que nós escolhemos para colocar na vacina estão somente as regiões mais conservadas do vírus, ou seja, aquelas que não variavam de um HIV para o outro", destacou.

Além de ter pouca variação, as partes do vírus foram selecionadas por provocarem forte reação no organismo da maioria das pessoas. "Nós fizemos o que chamamos de desenho racional, para embutir dentro da nossa vacina mecanismos para que ela fosse capaz de dar uma resposta que funcionasse para os HIVs mais variados possíveis e que funcionasse em um número grande de pessoas".

Após os testes com os quatro animais, serão feitos experimentos com um grupo de 28 macacos e três tipos de vírus diferentes, todos modificados com partes do HIV. "As combinações desses três vírus são, até hoje, as melhores combinações para gerar respostas imunes potentes em primatas. Então, o que a gente vai fazer é escolher, de quatro combinações diferentes, aquela que deu resposta mais forte. E usar essa combinação para teste em humanos", detalhou o pesquisador.

Caso seja bem sucedida, a vacina vai aumentar a reação dos imunizados ao vírus, diminuindo a capacidade de transmissão e melhorando a qualidade de vida do paciente. "O que ela vai fazer é reduzir muito a quantidade de vírus, matar as células que estão infectadas. Mas ela dificilmente vai erradicar a infecção. Vai bloquear a transmissão para outra pessoa, porque a quantidade de vírus vai ser muito baixa".

Atento aos recentes protestos contra o uso de animais em pesquisas, que levaram inclusive ao fechamento de um instituto no interior paulista, Cunha fez questão de dizer que os animais são bem tratados. "Os animais neste estudo não sofrem de maneira nenhuma. Até mesmo para o procedimento de colher sangue ou vacinar, eles estão anestesiados", enfatizou.

O pesquisador defendeu ainda o uso de animais em experimentos. "Não é possível substituir um teste com animais por um teste de cultura ou teste de laboratório mais simples. O teste em animais vai observar a repercussão de uma nova vacina, uma nova droga, no organismo inteiro", argumentou.
Fonte: Terra

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cientistas 'perto' de vacina universal contra gripe

O vírus influenza, causador da doença, é extremamente mutável, fazendo com que vacinas para as gripes sazonais sejam alteradas constantemente.

Mas novos estudos, publicados na revista científica Nature Medicine, levam a crer que, em breve, será possível fabricar uma vacina universal contra a gripe, que mata entre 250 mil e 500 mil pessoas todos os anos.

O vírus influenza é capaz de mudar as proteínas que brotam de sua superfície tão facilmente quanto trocar de roupas.

No entanto, o material localizado no seu interior é comum a várias de suas mutações, levando os cientistas a acreditar que concentrar no núcleo do vírus pode ser a chave para desenvolver a vacina universal.

Pandemia

Acredita-se que uma parte específica do sistema imunológico, conhecida como células-T, seja capaz de reconhecer as proteínas que habitam o centro do vírus.

Para examinar como essas células-T reagem diante da presença do vírus, pesquisadores do Imperial College, de Londres, analisaram 342 funcionários e estudantes que contraíram gripe suína, que provocou uma pandemia em 2009.

Eles estimam que ter se deparado com a "casca" do novo vírus deve ter sido uma experiência completamente diferente para o sistema imunológico, mas acreditam que o material localizado no seu núcleo não deve ter causado espanto às defesas do corpo humano.

A equipe analisou os níveis de um tipo de células-T no início da infecção dos pacientes analisados e constatou que quanto mais células-T eles tinham, mais amenos eram os sintomas.

Os pesquisadores então isolaram a parte do sistema imunológico que oferecia algum tipo de proteção à pandemia e a parte do vírus que estava sendo atacada, provavelmente comum a várias de suas mutações.

"Esta é a base para uma vacina", afirmou à BBC Ajit Lalvani, líder da pesquisa.

"Nós agora conhecemos exatamente o subgrupo do sistema imunológico que defende o organismo e identificamos os fragmentos-chave no núcleo do vírus que são atacados. Eles devem ser incluídos em uma vacina".

"Se este for realmente o caso, estamos a cinco anos de fabricar uma vacina. Temos o conhecimento, sabemos o que tem de estar nela e agora temos de seguir adiante".

Desafios

A futura vacina seria diferente de outras, como a tríplice administrada contra sarampo, rubéola e caxumba, em que o sistema imunológico é induzido a produzir anticorpos para atacar o invasor.

No caso de uma vacina universal contra gripe, o corpo seria estimulado a produzir altos níveis de células-T.

Mas há desafios. Os pesquisadores admitem que pode ser mais difícil desenvolver este tipo de vacina do que os que estimulam a produção de anticorpos.

A grande questão será conseguir que o sistema imunológico produza um número de células-T grande o suficiente para criar uma resposta duradoura.

O professor John Oxford, da Queen Mary University, em Londres, está cético em relação à criação de uma vacina universal.

"Seu efeito não poderá ser tão poderoso. Não vai resolver todos os problemas de pandemias de gripe, mas pode se somar às opções atuais de vacinas", avalia.

É um longo caminho até que esse estudo seja traduzido em uma vacina que funcione", opina.
Fonte: Bbc.co.uk/

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Vacina 'erradica' vírus semelhante ao HIV em estudo em macacos

Uma pesquisa publicada na revista Nature mostrou que uma vacina que age contra um vírus semelhante ao HIV que atinge macacos parece ter conseguido erradicá-lo.

Segundo cientistas americanos, nove dos 16 macacos vacinados durante o estudo e infectados depois aparentaram posteriormente não ter mais o vírus da imunodeficiência símia (SIV, na sigla em inglês).

"É sempre difícil afirmar que houve uma erradicação total – sempre pode haver uma célula que não analisamos e que pode conter o vírus. Mas, de uma maneira geral, usamos critérios bem rigorosos e podemos dizer que não havia vírus no corpo desses macacos", disse o coordenador da pesquisa, Louis Picker, do Instituto de Vacinas e Terapia Genética no Universidade de Saúde e Ciência do Oregon.

Os estudiosos disseram que agora eles querem usar uma metodologia semelhante para testar uma vacina contra o HIV em humanos.
Pesquisar e destruir

Os pesquisadores analisaram uma forma agressiva do vírus SIV, que chega a ser cem vezes mais letal que o HIV.

Normalmente, os macacos infectados costumam morrer em dois anos. Mas, no teste, o vírus não se fixou nos animais que receberam a vacina.

A vacina é feita a partir de outro vírus chamado citomegalovírus, que tem semelhanças com o da herpes.

O medicamento usou o poder de infecção do citomegalovírus para fazer uma espécie de varredura no corpo. Mas, ao invés de causar doenças, o vírus foi modificado para estimular o sistema imunológico e combater o SIV.

"Ela (a vacina) mantém uma força armada, que patrulha todos os tecidos do corpo, o tempo todo, indefinidamente", explica Picker.

Os pesquisadores vacinaram macacos rhesus e, em seguida, os infectaram com o SIV. Eles descobriram que, primeiro, a infecção começou a se manifestar e a se espalhar. Mas, em seguida os corpos dos macacos começaram a reagir, procurando e destruindo todos os sinais dos vírus.

Os macacos que responderam bem à vacina permaneceram livre da infecção entre um ano e meio e três anos depois da aplicação.
Teste em humanos

Picker disse que sua equipe ainda está tentando descobrir por que a vacinação funcionou em apenas pouco mais da metade dos macacos.

"Pode ser pelo fato de o SIV ser tão patogênico que isso talvez seja o melhor que se consiga", disse o pesquisador ."Há uma batalha em curso e em metade do tempo a vacina vence e no restante, perde."

O cientista ressaltou que, "para fazer uma versão para humanos da vacina, precisamos ter certeza de que ela é absolutamente segura".

"Nós já criamos um citomegalovírus que gera uma resposta imune semelhante (em humanos), mas que foi atenuado ao ponto em que acreditamos que ele é totalmente seguro."

Tal vacina teria que receber o respaldo das autoridades regulatórias. O pesquisador disse que, se isso ocorrer, espera que os primeiros testes clínicos em humanos aconteçam nos próximos dois anos.

Andrew Freedman, médico da Universidade de Medicina de Cardiff, vê com otimismo a nova vacina.

"O teste sugere que vacinas profiláticas – criadas para prevenir uma infecção – que usam vetores de citomegalovírus podem se revelar abordagens promissoras para combater o HIV."

"Apesar de não prevenir a infecção inicial, ela pode levar a uma erradicação posterior, em vez de termos um estabelecimento crônico da infecção."
Fonte: Bbc.co.uk/
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