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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Professor aponta falhas no acordo ortográfico

     O maior problema do acordo ortográfico são as regras do hífen, na opinião do professor de língua Portuguesa, Ernani Pimentel. Especialista em gramática e autor de livros, o professor já ensinou o idioma para mais de 500 mil alunos. 'O grande problema [é que] não se quis pensar na regra. A rigor, o latim nunca teve hífen. Há quem defenda até a inexistência do hífen. A Alemanha acabou com ele. É possível simplificar as regras', assegura.
     Dentre o que considera 'incoerências' do acordo, o professor destaca palavras como mandachuva, que não tem escreve sem hífen e guarda-chuva, que manteve o sinal.. 'Como você pode dizer que cor de café, cor de abacate se escrevem sem hífen e cor-de-rosa se escreve com hífen? Faz sentido isso, regras com exceções? Não faz mais sentido'.
     Outro exemplo é o uso das letras 'j' e 'x'. 'Você estudou que se usa 'j' nas palavras derivadas do tupi e do árabe, mas como você vai saber que elas vieram do tupi e do árabe? Você vai escrever com 'x' as palavras derivadas do árabe e do africano, mas como saber se a palavra é derivada do árabe ou do africano? Você não tem condição de saber'.
     No caso das consoantes que não se pronunciam, Pimentel lembra que o aluno aprende que as consoantes não pronunciadas não devem ser escritas, por isso óptimo passou a ser escrito ótimo quando o 'p' deixou de ser pronunciado. 'Então, [se] o aluno aprende que as consoantes não pronunciadas não devem ser escritas porque que o 'h' inicial não foi jogado fora? Ele é uma consoante não pronunciada. Então existem regras que se contradizem'.
     Ao citar a palavra super-homem, que é com hífen e com 'h', Pimentel lembra que esse hífen está dizendo que o 'h' é importante, tem que ser mantido. Por outro lado, a palavra desumano é sem hífen e sem 'h', o que significa que o 'h' não é importante e pode ser jogado fora. 'Qual o critério? O 'h' é importante ou não? O italiano já jogou o 'h' inicial fora e é uma língua latina. Porque a gente não aproveita isso'?
     No que diz respeito ao acento diferencial, o professor defende que o da forma verbal para (terceira pessoa do singular do verbo parar no presente do Indicativo) deve ser restituído, ' porque a pronúncia dele é muito diferente no verbo e na preposição'. Pimental explica que há uma intensidade na pronúncia [do verbo] e essa intensidade tem que ser reproduzida no acento porque muda o significado.
     No caso do trema, Pimentel é radical: 'É absurdo é ter tirado o trema, porque o acordo é ortográfico, só pode mexer na escrita e o trema não é ortográfico, é ortofônico [é um sinal que significa que a letra sobre a qual há tema se pronuncia]. Ele [o acordo] mudou a pronúncia'.
     Para o professor o trema não poderia ser suprimido pelo acordo. 'Por exemplo: farmácia era com ph e lei, com y, mas [quando essas letras foram substituídas] não se alterou a fonética, houve mudança ortográfica. O trema não pode ser mexido por um acordo ortográfico'.
Fonte: MSN Notícias

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mão humana pode ter evoluído para agredir, diz estudo

     Os pesquisadores usaram instrumentos para medir a força e a aceleração quando praticantes de artes marciais golpeavam sacos de pancadas.
     Eles descobriram que a estrutura do punho provê o apoio que aumenta a habilidade dos nós dos dedos de transmitir a força de um golpe.
     Os detalhes da pesquisa foram publicados na revista especializada Journal of Experimental Biology.
'Vantagem de desempenho'
"Ficamos surpresos em saber que os golpes de mão fechada não têm mais força do que os com a mão aberta", disse à BBC um dos autores do estudo, David Carrier.
     Logicamente, a superfície atingida com o punho fechado é menor, então há um impacto maior do que com a mão aberta.
"A força por área é maior em um golpe com punho fechado e isso é o que causa os danos localizados no tecido atingido", explica Carrier.
"Há uma vantagem de desempenho nesse sentido. Mas o foco real do estudo era descobrir se as proporções da mão humana permitiam apoio (para os golpes)", diz.
     Os pesquisadores descobriram que fechar o punho realmente provê uma proteção maior para os ossos delicados da mão. Fechar o punho aumenta em quatro vezes a rigidez das juntas metacarpo-falangeais (que são visíveis quando o punho é fechado).
     Fechar o punho também dobra a capacidade das falanges proximais (os ossos dos dedos que se articulam com as juntas metacarpo-falangeais) de transmitir a força do golpe.
Animais agressivos
     Os pesquisadores afirmam que a mão humana também foi moldada pela necessidade de habilidade manual, mas afirmam que várias proporções diferentes da mão seriam compatíveis com uma melhor habilidade para manipular objetos.
"Entretanto, pode haver somente um conjunto de proporções esqueletais que permitem que a mão funcione tanto como um mecanismo para manipulação precisa quanto como um taco para golpes", afirmam os autores do estudo.
"Por fim, a importância evolutiva da mão humana pode estar em sua notável habilidade para servir a duas funções incompatíveis, mas intrinsecamente humanas", observam.
     Para Carrier, muitos pesquisadores podem ter evitado esse tipo de análise por aversão à ideia de que a agressão pode ter tido um papel em moldar o corpo humano.
"Acho que há muita resistência, talvez mais entre acadêmicos do que na população em geral, à ideia de que em algum nível os humanos são por natureza animais agressivos. Eu realmente acho que essa atitude, e as pessoas que tentam afirmar que não temos uma natureza, não nos ajudam", argumenta.
"Acho que estaríamos melhor se enfrentássemos a realidade de que temos emoções fortes e que às vezes elas nos levam a nos comportarmos de maneira violenta. Se aceitássemos isso, estaríamos em condições melhores de prevenir a violência no futuro", diz.
Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

População carcerária mais que dobrou no Brasil, diz relatório

     Algumas das constatações do documento são que as penitenciárias continuam superlotadas - a população carcerária brasileira cresceu 112% em uma década -, as taxas de mortalidade por homicídios se elevaram mais nas regiões Norte e Nordeste, os homicídios contra negros e pardos aumentaram 25% e a maioria dos crimes contra a liberdade de imprensa (72%) são praticados por agentes do Estado.
     O 5º Relatório Nacional Sobre os Direitos Humanos no Brasil também faz uma análise sobre casos de abusos cometidos no país e levados ao conhecimento da OEA (Organização dos Estados Americanos). Ele revela que apenas 5% desses casos acabaram em solução amistosa.
     A socióloga Mariana Possas, coordenadora do relatório, afirmou à BBC Brasil que uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores foram a inexistência ou não divulgação de dados e informações oficiais sobre temas relacionados a abusos de direitos humanos.
     Segundo ela, esse problema não é causado apenas por falta de ação dos governos, mas por uma cultura nacional que não priorizaria a obtenção e armazenamento de informações sobre o setor.
     Leia abaixo alguns dos principais pontos levantados pelo relatório.
Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Após cristãos e mulçumanos, sem-religião são 3º maior grupo no mundo

     O grupo dos que se declaram ateus, agnósticos ou sem religião em todo o mundo só fica atrás daqueles que se dizem cristãos e muçulmanos. Na média, 8 em cada 10 habitantes do planeta se declaram religiosos.
     Os dados são do primeiro relatório Global Religious Landcaspe (Panorama Global da Religião), feito com dados de quase todo o planeta e organizado pelo Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, parte da organização independente Centro de Pesquisas Pew, em Washington.
     No total, 31,5% da população mundial se considera cristã (incluindo católicos romanos, ortodoxos e protestantes). Em seguida vêm os muçulmanos (sunitas e xiitas), com 23,2% do total.
     Os que se declaram ateus, agnósticos ou não-filiados a alguma religião formam 16,3% da população mundial, percentual superior ao de hindus, 15%, budistas (7,1%), seguidores de religiões étnicas ou folclóricas (5,9%) e judeus (0,2%).
     No Brasil, 7,9% dizem não ter religião ou não acreditar em divindade, sendo que 88,9% se declaram cristãos.
     As conclusões do estudo não diferenciam as diversas divisões dentro de cada grupo – católicos e protestantes, por exemplo, estão agrupados como cristãos.
     Cerca de 2,8% dos brasileiros dizem pertencer a religiões étnicas, como o candomblé. Outros grupos, como judeus e muçulmanos, são menos de 1%.
     Por se tratar da primeira base de dados do gênero, não é possível, ainda, traçar tendências de crescimento ou declínio.
Distribuição
     A maior parte dos que se declaram ateus, agnósticos ou sem religião estão em países comunistas ou ex-comunistas, onde tradicionalmente a religião não foi vista com bons olhos. Na China, 52,2% estão nesse grupo. Em Cuba, 23%.
     Na América Latina, o país menos religioso é o Uruguai, com 40,7% da população dizendo não pertencer a nenhuma denominação – entre elas está o presidente do país, José Mujica, que se diz agnóstico.
     As Américas, assim como a Europa e a África subsahariana, são o lar da maioria dos cristãos do planeta. O cristianismo também é a religião com maior capilaridade no mundo, segundo o estudo.
     Os muçulmanos estão em sua maioria concentrados na Ásia, no Oriente Médio e na África. Chama a atenção, no entanto, o grande percentual de muçulmanos na Europa. Os seguidores do Islã já são 43,5 milhões, equivalente quase à população da Espanha (de 47 milhões). No Brasil são 40 mil.
     Os hindus estão quase todos concentrados na Índia.
     Já os judeus são majoritários apenas em Israel, onde formam 75,6% da população e somam 5.610 milhões de pessoas. O número é menor que o da população judaica americana, de 5,690 milhões. No Brasil são 110 mil judeus.
Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Número de divórcios no país cresce 45,6% em 2011

     Em 2011, foram registrados no país 351.153 processos judiciais concedidos ou escrituras públicas de divórcio - um crescimento de 45,6% em relação a 2010.
     Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (17) a pesquisa Estatística do Registro Civil 2011, o aumento no número de divórcios está relacionado a mudanças na legislação sobre o tema. Em 2011, ele se deve à aprovação da Emenda Constitucional nº 66, que deu nova redação ao parágrafo 6º do Artigo 226 da Constituição Federal.
     Com a alteração, os prazos prévios para requerimento de divórcios foram suprimidos o que possibilitou, sem maiores requisitos burocráticos, a dissolução das uniões formais. Esse fator foi, na avaliação do IBGE, 'primordial também para que, no cotidiano, o divórcio se tornasse, de vez, a forma efetiva de dissolução dos casamentos, sem etapas prévias necessárias'.
     Para o gerente da pesquisa, Cláudio Crespo, as alterações na lei foram fundamentais para o aumento expressivo no número de divórcios no país. 'Com as mudanças, uma pessoa que casou na semana passada pode se divorciar hoje. Antes, isto era impossível.
     Era necessário ter um ano de casado para solicitar um processo de separação ou dois anos para entrar com o divórcio direto. E a Lei suprimiu a necessidade de ter um processo de separação e todos os prazos foram eliminados', disse.
     Em entrevista à Agência Brasil, Crespo ressaltou ainda a retirada da exigência de um motivo específico para a concretização da separação. 'Essa decisão, especificamente, elimina a perspectiva da atribuição de culpa para um dos requerentes. E esse foi um fator primordial para que a taxa de divórcio tivesse registrado essa elevação que teve em 2011.'
     Para Crespo, 2011 foi um ano atípico: 'Evidentemente que a cada mudança na legislação que torne mais rápido o processo, há um crescimento no número de divórcio porque ele se torna mais rápido e mais fácil. Mas, no ano passado, o número de divórcios foi um tanto quanto maior'.
     Na avaliação de Crespo, mesmo que haja queda no número de divórcios dentro de alguns anos, o patamar continuará acima do estabelecidos em 2009, quando a taxa de divórcio era 1,4 para cada grupo de mil habitantes. Hoje, essa taxa chega a 2,6 divórcios para cada grupo de mil habitantes.
     As Estatísticas do Registro Civil são publicadas no país desde 1974. Os dados de separações e de divórcios ocorridos no país foram incorporados ao conjunto de temas em 1984.
Fonte: MSN Notícias
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