A previsão de que o mundo acabará na próxima sexta-feira provocou uma corrida de turistas a países como Guatemala, México, Honduras e El Salvador, países que integravam o império maia, a antiga civilização mesoamericana cuja calendário, segundo algumas interpretações, prognosticou o fim dos tempos para o dia 21 de dezembro de 2012. Apenas a Guatemala espera receber 200 mil estrangeiros, segundo o Instituto Guatemalteco de Turismo.
Mas nem todos estão satisfeitos. Na Guatemala, o Observatório Nacional Indígena criticou os gastos excessivos para a promoção das atividades de sexta-feira. Informações não confirmadas indicam que o Ministério da Cultura e do Desporto investiu aproximadamente US$ 3,2 milhões, enquanto o instituto de turismo gastou cerca de US$ 5 milhões. Houve ainda um decreto presidencial que determinou o treinamento de agentes de turismo para atuar nas áreas sagradas da civilização maia.
No México, o governo esperava receber 52 milhões nas áreas de influência maia nos 18 meses anteriores à data fatídica. Mas até semana passada 62 milhões já haviam visitado os antigos sítios maias e a previsão indica um total de 80 milhões de turistas.
O país também organizou festivais, shows, jantares e até um sorteio especial da loteria federal (o Profecia Maia), que deverá distribuir o equivalente a R$ 1,3 milhão.
Reconhecida pelo aprimoramento da língua escrita e pelos conhecimentos em arte, arquitetura, matemática e astronomia, a civilização maia entrou em decadência entre os séculos 8 e 9. Mas os maias jamais desapareceram por completo e seus descendentes tentam manter as tradições.
O calendário maia pode ser sincronizado e interligado a uma série de combinações de ciclos e análises paralelas. Como é preciso interpretá-lo, em geral os leigos não conseguem lidar com o sistema. Segundo especialistas, o calendário maia tem aspectos semelhantes aos empregados em outras civilizações mesoamericanas.
Fonte: Diário de Santa Maria