A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontou que mais de 50% da população do Rio Grande do Sul com mais de 15 anos ou mais de idade tem renda mensal de até dois salários mínimos. De acordo com o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 52,9% dos gaúchos recebe até R$ 1.356 mil, pouco abaixo do percentual do país nessa faixa de rendimento, com 53,4%. O percentual de trabalhadores que recebe entre dois e 10 salários mínimos chega a 25,9% no Estado, contra 20,5% do país. Acima desse valor encontram-se apenas 2,2% dos gaúchos e 1,9% dos brasileiros.
Os trabalhadores das cidades levam vantagem sobre os moradores das zonas rurais em termos de remuneração. Em 2012 no Estado, os trabalhadores do meio urbano receberam em média R$ 1.350 mil, contra R$ 894 dos funcionários do campo. Seja na área urbana ou rural, o ganho dos homens supera com larga vantagem o rendimento das mulheres: na cidade a diferença é de R$ 1.657 contra R$ 1.078 e no campo de R$ 1.194 contra R$ 571.
Na média geral, a renda mensal no Rio Grande do Sul é de R$ 1.276 mil, número 14,6% superior ao do país, que foi de R$1.113 mil, mas a diferença cai para 6,1% quando considerada apenas a população economicamente ativa.
No país, entre as categorias de emprego, importantes ganhos foram observados no trabalho doméstico com carteira assinada (10,8%) e sem carteira (8,4%). Apesar disso, ambos continuam recebendo os piores rendimentos: R$ 811 (para os com carteira) e R$ 491 (para os sem carteira). Os militares e estatutários tiveram os menores ganhos (0,9%), mas continuam recebendo os maiores rendimentos médios (R$ 2.439).
Carga horária
Em média, os homens trabalharam mais que as mulheres no período pesquisado pelo IBGE. No Rio Grande do Sul, 16,5% dos homens trabalharam menos de 40 horas semanais, contra 35,2% das mulheres. Com 49 horas ou mais de serviço semanal, a proporção se inverte: 24,1% para homens e 12,4% das mulheres. Para os residentes no Estado, o percentual de pessoas que se declararam associadas a sindicato foi de 21,4%, contra 16,7% do país. A contribuição para instituição de previdência privada, em nível nacional, era feita por 3,2% das pessoas ocupadas com 15 anos ou mais de idade, pouco abaixo do registrado no Rio Grande do Sul, 3,6%.
No período da pesquisa, 1% dos homens com 15 anos ou mais de idade disseram ter o serviço doméstico como atividade principal, enquanto com as mulheres esse percentual sobe para 13,3%.
A pesquisa
O Pnad é um levantamento anual realizado pelo IBGE e tem como finalidade a produção de informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. Em 2012, a população do Rio Grande do Sul foi estimada em 10,841 milhões de pessoas, pequena alta em relação a 2011, quando o Estado tinha 10,802 milhões de habitantes. No Brasil, a população ficou em 196,9 milhões.
Fonte: Zerohora.clicrbs.com.br/