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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Livro diz por que mulheres têm desejo pelo 'Maníaco do Parque'

Pego pela polícia em 1998, o motoboy Francisco de Assis Pereira (a foto ao lado é daquele ano) foi condenado a 274 anos de prisão por ter matado pelo menos dez mulheres. Ele ficou conhecido como Maníaco do Parque porque atacava as mulheres em um parque da zona sul de São Paulo, onde deixava os cadávares.

Embora seja um estuprador e assassino confesso, Pereira recebeu no primeiro mês de sua prisão mais de mil cartas de mulheres com declarações de amor e de admiração. 

Diz uma delas: “[...] quero dizer que te desejo todas as noites”. Outra: “Eu te amo, te amo, te desejo, e te quero de corpo de alma.” Trecho de mais uma: “Eu durmo sozinha e querendo você aqui”.

Uma das admiradoras, a Marisa Mendes Levy, formada em história e de família de classe média alta, casou-se com ele, na prisão. O casamento não durou muito. 

O que explica tal devoção por um assassino estuprador? Trata-se de mulheres de psique perturbada?

Não. São mulheres aparentemente normais, diz o jornalista e roteirista Guilmar Rodrigues, apesar do título do livro que escreveu sobre o assunto: “Loucas de Amor – mulheres que amam serial-killers e criminosos sexuais” (editora Ideias a Granel). 

Além do Maníaco do Parque, o livro pega outros exemplos de tarados assassinos cortejados por mulheres, após terem sido presos.

Quanto mais bárbaro, mais o assassino obtém admiradoras, observou Rodrigues. O que explica o fato de o Maníaco do Parque ser o recordista em recebimento de cartas da Penitenciária de Itaí, no interior paulista.
Ele constatou que, entre as fãs do maníaco, há feias e bonitas, pobres e mulheres da classe média, semi-analfabetas e universitárias, solteiras (na maioria) e casadas.

De comum, essas mulheres (ou a maioria delas) tiveram um relacionamento afetivo precário na infância. Muitas sofreram abandono dos pais ou abuso sexual. Elas possuem baixa autoestima e, na maioria dos casos, têm um entendimento infantilizado do amor. São românticas a todo custo.

“É uma simbiose de marginalizados. Essas mulheres veem o criminoso sexual como um igual”, disse Rodrigues à revista Época.

Pereira foi molestado na infância por uma tia materna e, adulto, foi assediado pelo patrão. Namorou uma gótica que, em uma felação, quase arrancou o seu pênis. Morou por cerca de um ano com Tayná, um travesti, o qual levava dele surra com frequência. 

Por conta disso tudo, Pereira afirmou, na época em que foi julgado, ser um psicopata. Hoje ele se diz renegado porque encontrou Jesus. 

Rodrigues entrevistou detentos e mulheres que se correspondiam com condenados por crime sexual. Ele falou também com psiquiatras, juízes, promotores, advogados e jornalistas, no total de 80 pessoas.

Não se arrepende de ter-se dedicado por quatro anos um assunto tão sombrio, mas, nas entrevistas, admite ter ficado abalado com a miséria humana.
Fonte: http://www.paulopes.com.br/

Anúncio pede que candidata a emprego seja evangélica

Além dessa exigência, interessados deveriam ser do sexo feminino.
Contratante emitiu nota afirmando que 'o erro não se repetirá mais'

O anúncio de uma vaga de emprego divulgado em redes sociais, causou polêmica em Imperatriz, MA. No informe, a contratante exigia que o candidato ao cargo de auxiliar administrativo fosse do sexo feminino, com idade entre 20 e 22 anos e que tivesse orientação religiosa da igreja evangélica.

A publicação gerou polêmica na cidade. "É totalmente inconstitucional, visto que nossa constituição brasileira dá o direito de credo e até mesmo da pessoa não ser adepta a qualquer religião, ser até ateu", reclamou o servidor público Togomar Cortez Abreu.

De acordo com o auditor fiscal da gerência Regional do Trabalho, Evandro Rodrigues, de acordo com a constituição e organização internacional do trabalho, não pode existir nenhum tipo de discriminação no momento da seleção para contratação.

"No Brasil, o nosso conceito de discriminação ou preconceitoé dado pela convenção 111 da OIT, que foi promulgada em 1968. Logo no artigo primeiro, ela fala que discriminação é toda distinção, preferência ou exclusão de uma pessoa candidata a um emprego por motivo de sexo, idade, convenção política, religiosa, filosófica", afirmou o auditor fiscal da gerência regional do Trabalho, Evandro Rodrigues.

Após a polêmica na cidade, a associação responsável pela convocação de candidatos emitiu nota de esclarecimento, também divulgada pelas redes sociais, na qual reconheceu as falhas e disse que o erro não se repetirá. Ainda conforme a nota, as exigêcias partiram de uma empresa que faria a contratação para o cargo.

"Temos um banco de recursos humanos. As empresas associadas nos pedem profissionais cotidianamente. Nós estamos com um corpo de profissionais qualificados para fazer a seleção destas pessoas, buscando, na medida do possível, eliminar qualquer tipo de constrangimento para o candidato. A gente tem que ter muito cuidado para não causar nenhum tipo de constrangimento aos candidatos a um emprego", explicou o gestor de RH, Giovanni Pietrin.
Fonte: G1
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