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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Estupro brutal desencadeia protestos violentos na Índia

     No domingo, centenas de pessoas foram às ruas em diversas partes do país para pedir a pena de morte para os acusados.
     Os manifestantes entraram em choque com a polícia. Um dos confrontos mais violentos ocorreu no monumento Porta da Índia, no coração da capital indiana, Nova Délhi. Mais de cem pessoas ficaram feridas, entre elas 60 oficiais.
     Na segunda-feira, o premiê indiano, Manmohan Singh, foi à televisão para pedir calma aos indianos. O governo prometeu que vai buscar a pena de prisão perpétua para os acusados do crime.
     Ele prometeu mais patrulhas noturnas e a proibição de cortinas e vidros escuros nos ônibus que circulam na cidade.
     O caso que provocou a onda de protestos na Índia foi o estupro de uma atriz de 23 anos em um ônibus em Dwarka, na região sul da capital Délhi.
     A polícia diz que ela foi estuprada pelos passageiros por quase uma hora, espancada com barras de metal e jogada para o lado de fora do ônibus com o veículo ainda em movimento.
     Nova Délhi é conhecida na Índia como "capital do estupro" - com mais de um caso registrado a cada 18 horas. Só no ano passado, a polícia disse que ocorreram 550 denúncias de estupro na cidade.


Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Professor aponta falhas no acordo ortográfico

     O maior problema do acordo ortográfico são as regras do hífen, na opinião do professor de língua Portuguesa, Ernani Pimentel. Especialista em gramática e autor de livros, o professor já ensinou o idioma para mais de 500 mil alunos. 'O grande problema [é que] não se quis pensar na regra. A rigor, o latim nunca teve hífen. Há quem defenda até a inexistência do hífen. A Alemanha acabou com ele. É possível simplificar as regras', assegura.
     Dentre o que considera 'incoerências' do acordo, o professor destaca palavras como mandachuva, que não tem escreve sem hífen e guarda-chuva, que manteve o sinal.. 'Como você pode dizer que cor de café, cor de abacate se escrevem sem hífen e cor-de-rosa se escreve com hífen? Faz sentido isso, regras com exceções? Não faz mais sentido'.
     Outro exemplo é o uso das letras 'j' e 'x'. 'Você estudou que se usa 'j' nas palavras derivadas do tupi e do árabe, mas como você vai saber que elas vieram do tupi e do árabe? Você vai escrever com 'x' as palavras derivadas do árabe e do africano, mas como saber se a palavra é derivada do árabe ou do africano? Você não tem condição de saber'.
     No caso das consoantes que não se pronunciam, Pimentel lembra que o aluno aprende que as consoantes não pronunciadas não devem ser escritas, por isso óptimo passou a ser escrito ótimo quando o 'p' deixou de ser pronunciado. 'Então, [se] o aluno aprende que as consoantes não pronunciadas não devem ser escritas porque que o 'h' inicial não foi jogado fora? Ele é uma consoante não pronunciada. Então existem regras que se contradizem'.
     Ao citar a palavra super-homem, que é com hífen e com 'h', Pimentel lembra que esse hífen está dizendo que o 'h' é importante, tem que ser mantido. Por outro lado, a palavra desumano é sem hífen e sem 'h', o que significa que o 'h' não é importante e pode ser jogado fora. 'Qual o critério? O 'h' é importante ou não? O italiano já jogou o 'h' inicial fora e é uma língua latina. Porque a gente não aproveita isso'?
     No que diz respeito ao acento diferencial, o professor defende que o da forma verbal para (terceira pessoa do singular do verbo parar no presente do Indicativo) deve ser restituído, ' porque a pronúncia dele é muito diferente no verbo e na preposição'. Pimental explica que há uma intensidade na pronúncia [do verbo] e essa intensidade tem que ser reproduzida no acento porque muda o significado.
     No caso do trema, Pimentel é radical: 'É absurdo é ter tirado o trema, porque o acordo é ortográfico, só pode mexer na escrita e o trema não é ortográfico, é ortofônico [é um sinal que significa que a letra sobre a qual há tema se pronuncia]. Ele [o acordo] mudou a pronúncia'.
     Para o professor o trema não poderia ser suprimido pelo acordo. 'Por exemplo: farmácia era com ph e lei, com y, mas [quando essas letras foram substituídas] não se alterou a fonética, houve mudança ortográfica. O trema não pode ser mexido por um acordo ortográfico'.
Fonte: MSN Notícias

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mão humana pode ter evoluído para agredir, diz estudo

     Os pesquisadores usaram instrumentos para medir a força e a aceleração quando praticantes de artes marciais golpeavam sacos de pancadas.
     Eles descobriram que a estrutura do punho provê o apoio que aumenta a habilidade dos nós dos dedos de transmitir a força de um golpe.
     Os detalhes da pesquisa foram publicados na revista especializada Journal of Experimental Biology.
'Vantagem de desempenho'
"Ficamos surpresos em saber que os golpes de mão fechada não têm mais força do que os com a mão aberta", disse à BBC um dos autores do estudo, David Carrier.
     Logicamente, a superfície atingida com o punho fechado é menor, então há um impacto maior do que com a mão aberta.
"A força por área é maior em um golpe com punho fechado e isso é o que causa os danos localizados no tecido atingido", explica Carrier.
"Há uma vantagem de desempenho nesse sentido. Mas o foco real do estudo era descobrir se as proporções da mão humana permitiam apoio (para os golpes)", diz.
     Os pesquisadores descobriram que fechar o punho realmente provê uma proteção maior para os ossos delicados da mão. Fechar o punho aumenta em quatro vezes a rigidez das juntas metacarpo-falangeais (que são visíveis quando o punho é fechado).
     Fechar o punho também dobra a capacidade das falanges proximais (os ossos dos dedos que se articulam com as juntas metacarpo-falangeais) de transmitir a força do golpe.
Animais agressivos
     Os pesquisadores afirmam que a mão humana também foi moldada pela necessidade de habilidade manual, mas afirmam que várias proporções diferentes da mão seriam compatíveis com uma melhor habilidade para manipular objetos.
"Entretanto, pode haver somente um conjunto de proporções esqueletais que permitem que a mão funcione tanto como um mecanismo para manipulação precisa quanto como um taco para golpes", afirmam os autores do estudo.
"Por fim, a importância evolutiva da mão humana pode estar em sua notável habilidade para servir a duas funções incompatíveis, mas intrinsecamente humanas", observam.
     Para Carrier, muitos pesquisadores podem ter evitado esse tipo de análise por aversão à ideia de que a agressão pode ter tido um papel em moldar o corpo humano.
"Acho que há muita resistência, talvez mais entre acadêmicos do que na população em geral, à ideia de que em algum nível os humanos são por natureza animais agressivos. Eu realmente acho que essa atitude, e as pessoas que tentam afirmar que não temos uma natureza, não nos ajudam", argumenta.
"Acho que estaríamos melhor se enfrentássemos a realidade de que temos emoções fortes e que às vezes elas nos levam a nos comportarmos de maneira violenta. Se aceitássemos isso, estaríamos em condições melhores de prevenir a violência no futuro", diz.
Fonte: BBC Brasil

Jovem estuprada em ônibus ainda corre risco de vida na Índia

     Os médicos dizem que a seriedade dos ferimentos decorre do fato de que a estudante de medicina e um amigo que a acompanhava foram atacados e surrados com barras de ferro após a mulher ter sido estuprada.
"Isto foi mais do que um estupro, havia muitos ferimentos. Parece que um objeto muito grosso foi usado repetidamente [pelos responsáveis pelo ataque]", conta um dos médicos, acrescentando que este é um dos casos mais graves de estupro que já viu.
     Mas, de acordo com o correspondente da BBC na capital indiana, Soutikl Biswas, há pouca esperança de que o caso motive mudanças concretas na cidade, que vinha contabilizando uma incidência cada vez maior deste tipo de violência.
     Somente neste ano, mais de 630 casos de estupro já foram registrados em Nova Déli, conhecida no país como "capital do estupro".
     De tempos em tempos, casos como este mobilizam a opinião pública e ganham espaço em programas de TV, jornais, revistas, além de virarem tema de protestos e discursos de políticos. Mas pouco depois o nível de atenção é reduzido e o ciclo de violência e impunidade continua, dizem analistas.
     E um sistema judiciário ineficiente aliado a uma polícia conivente e negligente não parecem ajudar as vítimas, avalia Biswas.
"A violência e os abusos de mulheres são grandes problemas em Déli e no norte da Índia. Uma mentalidade fortemente patriarcal, uma cultura de impunidade entre o poder, um desdém generalizado pela lei, uma força policial em grande parte insensível e uma crescente população de imigrantes sem raízes e ilegais são alguns dos fatores desde cenário. Mas deve haver muitos outros", diz o correspondente.
"Se você for mulher – a não ser que seja muito rica e privilegiada - há mais chances de enfrentar humilhação e indignidade aqui", acrescenta.
Protestos
     O caso de estupro coletivo ocorrido no último domingo causou comoção no país. Cinco pessoas, incluindo o motorista do ônibus no qual ocorreu o ataque, foram presas. A polícia diz estar procurando ainda mais uma pessoa.
     Na quarta-feira, um grande protesto em Nova Déli pedindo punições fortes contra os estupradores foi dispersado pela polícia com jatos de água após manifestantes tentarem derrubar barreiras de metal em frente à casa da chefe de governo da capital, Sheila Dikshit.
     Em outras partes da cidade, grupos de estudantes universitários montaram barricadas para protestar contra as autoridades.
     Em resposta aos protestos, o governo anunciou uma série de medidas para tentar aumentar a segurança para mulheres na cidade.
Pressão
     O governo vem sofrendo grande pressão de membros da oposição, de estudantes e de grupos ativistas pelos direitos das mulheres, que acusam as autoridades de não fazer o suficiente para combater os crimes contra as mulheres.
     Pressionado pela oposição, o ministro do Interior, Sushil Kumar, fez nesta quarta-feira um pronunciamento sobre o caso pela segunda vez em dois dias.
     Shinde disse que haverá mais patrulhas policiais noturnas e que todos os motoristas de ônibus e seus auxiliares serão submetidos a checagens.
     Ele também afirmou que ônibus com janelas escurecidas e cortinas - como o veículo onde ocorreu o estupro no domingo - serão confiscados.
Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Morre cachorro que ficou preso em bueiro na zona norte de Porto Alegre

     O cachorro que causou comoção em moradores de Porto Alegre por passar cerca de 12 horas em um bueiro morreu ainda na madrugada desta quarta-feira. De acordo com a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), ele será recolhido ao departamento de veterinária para autópsia.
     Conforme a assessoria de imprensa da secretaria, duas protetoras de animais foram ao local, na Avenida Veríssimo de Amaral, próximo ao Parque Germânia, na Zona Norte, e o recolheram ainda na noite de terça-feira. Em seguida, o levaram a uma clínica veterinária particular na Avenida Protásio Alves, mas o cão não resistiu. Segundo relatos, ele apresentava diversas feridas pelo corpo e não conseguia se movimentar.
     A Seda informou que o único protocolo aberto no telefone 156 sobre a situação do animal foi feito às 20h de terça. O local do bueiro, entretanto, estava errado: constava "Avenida General Barreto Viana, em frente ao nº 37". Segundo a Seda, uma equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou ao endereço e não encontrou o animal.
     A Avenida General Barreto Viana inicia no cruzamento com a Protásio Alves e termina no encontro com a Nilo Peçanha. Entre a Nilo Peçanha e a Túlio de Rose, vira Veríssimo de Amaral, segundo o mapa da prefeitura de Porto Alegre.
     A assessoria da Seda alerta que casos como esse devem ser protocolados com pedido de urgência no 156. A secretaria garante dar prioridade no recolhimento do animal, mesmo fora do horário comercial, por meio do serviço de plantão.

Assembleia aprova projeto que promete agilizar licitações no Estado

     O projeto do Palácio Piratini que promete agilizar as licitações promovidas pelo governo do Estado foi aprovado na Assembleia Legislativa, no início da tarde desta terça-feira. Foram 28 votos a favor e 11 contrários.
     Com a adoção do Regime Diferenciado de Contratações Públicas, o governo Tarso espera reduzir em um quinto o tempo gasto com burocracia e, com isso, acelerar obras que até agora não saíram do papel.
     Segundo a deputada estadual Marisa Formolo (PT), que defendeu a ideia na tribuna, a estratégia poderá ser usada em obras de melhorias em 2,5 mil escolas e na manutenção de 190 presídios, entre outros casos.
— Só isso já justificava a aprovação — argumentou Marisa.

Entenda o que muda se for sancionado projeto que endurece a Lei Seca

     Um projeto de lei que endurece a lei seca, tornando válidos novos meios para provar a embriaguez, e não mais apenas o bafômetro, foi aprovado na noite de ontem pelo Senado. O texto, que também amplia o valor da multas, segue para a sanção presidencial. A chamada Lei Seca (11.705/2008) altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) instituído também por uma lei, a nº 9.503/1997. O que foi votado ontem é uma nova alteração no CTB, por meio do projeto de lei nº 3.559. Entenda o que muda nos pontos fundamentais: 
Multa
COMO É
— O motorista flagrado sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa era multado em R$ 957,70. A ela, somava-se uma medida administrativa: a retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento da habilitação.
COMO FICA
— O valor da multa passa a ser de R$ 1.915,40. Se houver reincidência dentro de 12 meses, a multa é aplicada em dobro (R$ 3.830,80). A medida administrativa se mantém igual.

As provas
COMO É
— Confuso, o artigo 277 dizia que motoristas envolvidos em acidentes ou alvo de fiscalização deveriam ser submetidos a testes "em aparelhos homologados pelo Contran que permitam certificar o seu estado". Porém, dizia também que a infração poderia ser caracterizada pelo agente de trâsito "mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor".
COMO FICA
— É uma das mudanças fundamentais, e visa a ampliar as formas de comprovar embriaguez do condutor além do teste do bafômetro.

A PENA
COMO É
— Segundo o artigo 306, o motorista estava sujeito a pena de detenção (de seis meses a três anos), multa e suspensão da habilitação se apresentasse, ao volante, concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas. O texto levou o Superior Tribunal de Justiça a interpretar que somente o resultado do teste do bafômetro poderia servir como prova em uma ação penal de trânsito.
COMO FICA
— A pena se mantém a mesma, mas o texto muda para especificar que o motorista estará sujeito a ela conforme "teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios que, técnica ou cientificamente, permitam aferir a concentração de álcool ou a influência de substância psicoativa".
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